Vários
obstáculos no caminho dificultaram ainda mais esse trecho do percurso da vida
Há planos
atrasados, abortados e postergados
Faz-se mais
que necessário parar um tempo para pensar novamente a vida...
Refazer
planos e trajetórias; concepções e valores; sorte e destino...
Nesta parte
do hemisfério as estações não são bem definidas
É difícil
precisar algo. Decidir por qual caminho peregrinar
Já se faz
noite e as únicas luzes em meio a escuridão são das tempestades de medos, anseios,
desilusões
Acuado,
enjaulado em um beco com saída
É terrível!
Já se faz noite e a névoa dificulta o pensamento, a visão, a razão
Não sei qual
é a estação... parece frio... sinto o calor do sangue...
Não sei mais
onde estou; quem sou... em qual estação...
As
lembranças me torturam. O presente me castiga. O futuro me atormenta
Os mapas
continuam os mesmo apesar da floresta não mais existir
O velho
vulcão enfurecido mantem-se em silencio
E o falcão
voa livremente em sua prisão.
Puxo as
rédeas da vida... onde ela está?
Quero
recomeçar, mas não sei onde está o começo
Já se faz
noite e a névoa esconde as pedras no caminho
Sinto as
forças das maldições
Destino,
sorte ou carma...
Mitos e
lendas lançam seus feitiços
É preciso
ver para além do visível
As pessoas
não são somente o que aparentam ser
Há monstros,
gmonos e duendes...
O silêncio
se fantasia com seus sons
Gritos
passeiam silenciosamente por entre os medos, desejos...
Sonhos,
ilusões, utopias...
O mundo
encantado está em (des)construção
Preciso de
um porto-seguro
No deserto,
no pântano, na floresta
Já se faz
noite e os mapas continuam os mesmos...
Perdido,
andarilho, naufrago...
Sinto as
forças dos meus medos, anseios, desilusões
Quero ouvir
a minha voz
Mas assim
como as outras, ela mente!
Alimento-me
dos frutos escondidos na nevoa
Não sei qual
é a estação... quem sou... onde estou...
Nesta parte
do hemisfério as emoções não são bem definidas
É difícil
precisar algo. Decidir por qual caminho peregrinar...