Devido a uma emergência que me ocorrera nesse ultimo sábado à noite, problemas com minha conexão, saí, por volta das 20h, à procura de um local para recarregar o meu celular e, assim, poder conectar-me ao mundo.
Até então tudo transcorria em sua mais perfeita ordem até o exato momento que, como num conto de fadas, os meus sentidos passaram a ler o que estava a minha volta. Por um rápido e discreto instante titubeie. O cérebro não deu conta de processar as informações da razão e da emoção. Tive um choque!
Havia um frenesi no ar, creio que natural de um sábado à noite, ao menos para os envolvidos é claro, pessoas sentadas, aos grupos, em suas portas, ou em bares e quiosques, trailer, pizzarias, enfim, se divertindo. Toda essa agitação, por onde quer que eu passasse nessa minha árdua busca em pleno sábado à noite, fez com que involuntário e inconscientemente o meu “eu” buscasse uma explicação para o que estava a acontecer e, de forma rápida, a resposta veio como um soco na boca do estomago. Existe vida social.
Nesse instante o meu HD iniciou um processo de varredura na tentativa desenfreada, e porque não dizer desesperada, de encontrar cenas que me remetessem a uma vida social ao mesmo tempo em que os elementos que compunham o cenário à minha volta eram fielmente registrados, armazenados e processados.
Não sei dizer-te se isso foi bom ou ruim; mas o fato é que um breve filme passou pela minha cabeça, tipo assim, quando estamos à beira da morte – é o que dizem –, e os personagens que o integravam estavam, naquele exato momento, em algum lugar qualquer, provavelmente usufruindo de suas vidas sociais, mas não ao meu lado.
A mente é uma miséria! Comecei a imaginar o que cada um dos atores do meu filme estariam a fazer naquele sábado à noite. A cogitar porquês que justificassem, ou ao menos tentassem explicar, o motivo de não estarem ali, ao meu lado, ou eu ao lado deles. Senti-me carente...
E mais uma vez senti o soco na boca do estomago. Agora o sabor da solidão subia-me pela garganta e, como fel, deixara um gosto amargo ao paladar. Ali estava eu; sozinho, perambulando, feito intruso, no cenário da vida social alheia, sem ao menos sequer ter uma para compartilhar também, rumo a minha caverna para mais uma noite solitária; e o pior, que desta vez sem o meu principal refúgio, o cyber space, já que a merda da minha conexão não tava funcionando e a droga do meu celular continuava com os créditos bloqueados uma vez que não tive êxito no meu desafio de sábado à noite.
O único jeito foi sentar-me frente ao meu computador, confesso que na ilusão de que por algum milagre do acaso a conexão fosse estabilizada, e escrever essas poucas linhas como uma tentativa de afogar as mágoas e sobreviver àquela noite que pelo visto seria looooonga...
É! Acho que sobrevivi.
Desculpa mais discordo veemente de suas palavras pela primeira vez abração Deus lhe proteja e lhe de muita sabedoria
ResponderExcluirVc sobreviveu...sempre sobrevivemos rs
ResponderExcluirE, sim, existe vida social além da nossa porta rs
;D