Passado o êxtase das comemorações festivas de fim de ano – onde tudo parece se transformar num lindo conto de fadas, recheado de pura magia, encantos e final feliz – e a euforia do carnaval, a rotina do cotidiano, enfim, nos faz encarar a dureza do mundo real.
O fato é que, hoje, acordei ansioso, um pouco
nostálgico e pensativo quanto à felicidade; e essa combinação de emoções
trouxeram à tona uma série de lembranças, conversas e, consequentemente,
indagações.
Podemos de fato ser feliz? Ou apenas podemos
desfrutar de um conjunto de momentos de alegrias e descontrações, que somados
trazem a sensação de felicidade? O que realmente é essa tal felicidade? Não
seria ela simplesmente mais um produto – utópico – do consumismo capitalista? Podemos
tê-la, ou ao menos senti-la, por completo ou somente em algumas áreas de nossas
vidas?
Como saberei se sou feliz, já que não existe um
teste ou uma formula padrão? A minha felicidade depende única e exclusivamente
de mim ou o contexto e as pessoas à minha volta também tem poder decisivo?
Podemos contribuir para a felicidade das pessoas que amamos ou de nada valem os
nossos sentimentos para com elas – no sentido de contribuir à sua felicidade?

Sendo assim, regresso ao ponto de partida: o que é
felicidade? Podemos, verdadeiramente, ser feliz?
“Concedei-nos Senhor a serenidade necessária para aceitar as coisas
que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e
sabedoria para distinguir umas das outras”. (Oração do A.A.)
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